Eu aproveitei os passeios desse final de semana para pôr em dia as leituras das minhas revistas. Li uma entrevista com a ex-modelo francesa dos ano 90 e proprietária da gravadora musical Bonus Tracks, Caroline de Maigret, na revista Madame Figaro, edição 24 de junho de 2011, que achei bem interessante.
São pontos de vista de uma mulher que ganhou a vida com a beleza e a elegância e, consciente da brevidade dessa carreira, lançou-se como jornalista e dona de um selo musical.
Caroline transita entre mundos distintos com muita personalidade e com uma voz altiva, grave. Traduzi para vocês alguns trechos bem interessantes sobre os pontos de vista dela sobre:
MODA
Ela segue o tempo. Eu não sigo, necessariamente. Eu aposto, de preferência, em peças atemporais.
ELEGÂNCIA
Ela se faz pelos gestos, pela postura e pela linguagem. As mulheres elegantes são frequentemente consultadas, são pensativas e mantém um certo mistério.
FEMINILIDADE
É muito mais uma atitude do que um look. Ela se reflete na forma como a mulher joga com suas formas e sua graciosidade. Ela sabe qual o seu papel e compreende as regras do jogo.
ESTILO
Sou simples, mas chique. Eu assumo completamente o meu lado andrógeno, com marcas masculinas. É um jeito naturalmente imposto a mim: a associação de uma calça com uma camiseta e botas. É o que me cai melhor.
GLAMOUR
É utilizar todos os aparatos a nossa disposição para atrair os olhares masculinos. A mais glamourosa de todas foi, provavelmente, Gene Tierney, atriz americana com olhos de gatinha.
O VESTIDO IDEAL
Todos os vestidos hollywoodianos dos anos 50. Eles transformam qualquer mulher numa vamp sublime. Eu prometi a Yarol (seu companheiro) que, se um dia nos casarmos, eu usarei um vestido desse.
O QUE MEU COMPANHEIRO PREFERE
Ele me ama como sou, um pouco rock. Mas eu vejo que seus olhos se iluminam quando eu troco minha calça por um vestido com sandálias.
MINHAS MARCAS PREFERIDAS
Chanel, pois é uma das poucas marcas francesas que me faz verdadeiramente sonhar. Lanvin, pelo seus cortes perfeitos nos vestidos e casacos. Martin Margiela, pelo lado masculinizado que se enquadra com meu estilo. Dries Van Noten, pela beleza dos tecidos e pelas misturas de materiais audaciosos.
O ACESSÓRIO INDISPENSÁVEL
Eu sou anti-acessórios. Eu sou a favor da leveza.
MINHA BOLSA
O modelo Billy, da marca Jérôme Dreyfuss. A perfeição!
O PRESENTE DOS SONHOS
Um conjunto de calça e body-blusa de lã, de Martin Margiela. Sofisticado e casual ao mesmo tempo.
O QUE ME FAZ BELA
Minha vida. Familiar e profissional. Eu adoro o que faço. Eu adoro a minha família. Todas essas coisas me fazem feliz e bonita.
MINHAS REFERÊNCIAS
Quem mais influenciou meu estilo foram os ícones musicais, como, por exemplo, Patti Smith.
O PIOR MAU GOSTO
Pode-se falar de mau gosto em uma matéria de moda? Eu “admiro” a coragem de certas pessoas que se ousam ter uma aparência ultra excêntrica.
UMA VIDA SEM SANDÁLIAS…
Eu raramente uso sandálias no dia a dia. Eu alterno entre um Derby (calçado masculino), comprado em lojas de brechós, no Brooklin, um tênis hip-hop dos anos 80 adquirido no EBay e botas. Mas quando vou sair, opto por sandálias altas, como os escarpins do Louboutin ou Margiela.
MINHAS COMPRAS COMPULSIVAS
Meu guarda-roupa é cheio de jeans, mas eu encontro sempre maneiras de trazer para casa novos modelos.
PARA SEDUZIR
Uma calça skinny para atiçar os olhares. Botas de salto alto para evidenciar as formar bem torneadas e uma camisa Thomsen com modelagem masculina.