Minha nova vida começou aos 18 anos quando eu fiquei livre para realizar as escolhas guardadas dentro de mim há tanto tempo. Primeiro, fiz uma plástica no nariz e, em seguida, uma tatuagem com um significado. Antes disso, tive anos terríveis em que fui usada como bode expiatório pelos outros. Eu me detestava.
Meu nariz era muito grande, meu corpo não tinha boa proporção… Eu não era eu. Mas eu sonhava ser bela como uma modelo, embora não tivesse uma boa imagem. Eu fazia de tudo para ficar bonita: mudava o corte e a cor do meu cabelo… Não funcionava. Eu estava mal naquela pele que eu desejava mudá-la completamente, começando pelo meu nariz. Minha mãe tentou me frear, pois temia que eu me arrependesse. Eu esperei chegar a minha maioridade e assumi minhas escolhas.
Primeira mudança: minha operação no nariz. Um novo nascimento. Quando tirei o curativo e me vi no espelho, eu finalmente encontrei, depois de tanto tempo, a pessoa que eu sempre desejei ser. Imediatamente eu cortei os cabelos. E fiz uma tatuagem, outro desejo que eu queria realizar. Eu circulo bem nesse ambiente, eu amo o mundo dos símbolos e a ideia de fazer bonito de forma diferente. Na época, a moda era escrever: “Somente Deus pode me julgar”. Eu preferi: “Nem Deus pode me julgar”. Era o sinal da minha libertação. Uma maneira de assinar meu corpo, de me apropriar de mim mesma.
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