Elas vão de smoking

O século XX foi libertador para as mulheres. Em diferentes movimentos, elas buscavam maior autonomia e liberdade. A moda é, sem dúvida, um bom parâmetro para medirmos os anseios de uma sociedade.  No final do verão de 1931, o repórter da revista francesa WWD, BJ Perki, escreve o que observa nas ruas parisienses: “A maioria das mulheres inteligentes que está voltando para Paris a partir da Riviera… está se gabando de suas roupas  de alfaiataria masculina… Elas querem gravatas dos homens para usar como cinto”.

Marlene Dietrich

Hollywood, atenta a tudo, começa a se adequar a esse movimento de independência e, para a época, atrevimento. Nos anos 40, as atrizes Greta Garbo e Marlene Dietrich passam a aparecer em público usando smokings e com posturas masculinidades e arrogantes. O modelo chocou a sociedade, mas abriu caminho para as mulheres das gerações seguintes romperem tabus e regras sociais, impondo seus gostos e personalidades. Nessa luta de igualdade de direitos, a moda deu voz às mulheres: em 1966, o estilista Yves Saint Laurent, lança o smoking feminino. O tremendo sucesso mostrou que as mulheres queriam estar no mesmo patamar que os homens tornando essa peça clássica um símbolo de poder.

Smoking de Yves Saint Laurent, 1966.

Yves Saint Laurent com a atriz francesa Catherine Deneuve

Com maior ou menos freqüência, observamos mulheres públicas usando smoking, independente da idade e do evento. Confira alguns looks atuais:

Smoking: as divas dos anos 40

Smoking: desfiles e editoriais de moda

Smoking: tapete vermelho

Smoking: com short

Smoking: festa