Recebi ontem e passei a madrugada lendo o livro A PARISIENSE, da modelo INES DE LA FRESSANGE. Queria saber que estilo é esse creditado às francesas que residem na capital.
Fiz um post em junho sobre a Ines, com o título A MULHER FÊNIX. Ela é uma mulher admirável pela elegância e pelo estilo, sem falar na sua incrível capacidade de se recriar. Seu livro tornou-se um grande sucesso editorial e rapidinho foi traduzido e publicado em português. Ótimo! Mais uma opção de leitura interessante que pode nos auxiliar a compreender, criar ou definir nossos estilos sem recorrermos às fórmulas fechadas que as revistas especializadas insistem em adotar.
Ela apresenta 6 dicas que personalizam esse estilo. Vamos conhecer?
1. Fuja dos conjuntos
O desafio aqui é ter coragem e saber misturar estilos e marcas. Por exemplo: tá com um terninho clássico? Coloque uma blusa romântica ou uma bolsa criativa, ou ainda um sapato super sexy.
A roupa é nova? Combine com peças antigas, chamadas hoje de vintage. Ressuscitar seu cinto dos anos 80 super colorido é muito bem vindo hoje em dia.
E nada mais over do que se vestir da cabeça aos pés com roupas de grifes caras. Brega, brega, brega. Isso evidencia que a pessoa é uma vítima da moda e do status quo. A roupa dizer “sou rica” é um atestado de muito mau gosto e de tontice.
Por fim, seja curiosa: fareje lojas. As famosas se repetem muito e, para vender, oferecem modelos muito óbvios e batidos. As pequenas boutiques podem ser verdadeiros tesouros!
2. Vive la Rive Gauche!
Não basta ser francesa e nascer em Paris. As estilosas estão concentradas à margem esquerda do rio Sena, em Saint-Germain-des-Prés. Elas são pura inspiração e copiadas pelo mundo afora, mas parecendo ser indiferentes a tudo e a todos. Mentira! Elas são articuladas, bem informadas e possuem um ótimo senso estético e de estilo. Em nada se parecem com as peruas cheias de brilhos e etiquetas. Por sinal, ela não gosta de gastar muito não! Vai a caça de roupas elegantes e de qualidade, mas com preço justo.
3. Ela brinca de procurar
Não se prendem às grifes. Elas são fiéis aos seus estilos! A parisiense curte muito fazer um tour para descobrir novas lojas e marcas criativas com preços acessíveis.
E sabe o que elas acham vulgar? Entrar em lista de espera de um produto, como é muito comum aqui no Brasil em lojas, como Louis Vuitton e Chanel.
Elas sabem se divertir com a moda, unindo o caro e o barato em um look e quem olhar não vai saber identificar. O visual se impõe.
A bem da verdade, o que observei é que elas têm uma ótima autoestima. Essa segurança em si mesma a deixa livres de bombardeios de publicidades e da busca desesperada para ser aceita em uma determinada faixa social. Super nota 10 para isso!
4. Use o que lhe cai bem
“O segredo de um bom estilo é sentir-se bem dentro da roupa”. Consciência corporal é o primeiro passo. Daí sabe o que cai bem ou não e o que casa com seu estilo.
Eu, pessoalmente, sei que a moda Verão 2012 no Brasil é usar vestidos longos. Detesto! Então, não vou usar porque ele não dialoga comigo. Modismo pode se tornar uma camisa de força. Liberte-se!
5. Ela não tem ídolos
Como a parisiense se acha um ícone por que idolatrar alguém? Admirar alguém vai lá, reverenciar, JAMAIS! É mais fácil se inspirarem numa amiga descolada, cheia de bossa. Gostam do desconhecido, do inédito para se sentirem as desbravadoras. Elas torcem o nariz para os ícones das mídias.
6. Ela desconfia do bom gosto
A regra é quebrar as regras. A moda diz algo em determinado período e depois nega tudo. Sabe por quê? Porque alguém teve coragem de desafiá-la e personalidade suficiente para bancar essa atitude. Ela exemplifica: Yves Saint Laurent combinou azul-marinho com preto – até então inimaginável – e virou um hit. Mas romper regras não é exclusividade dos estilistas!
O que vocês acharam? O estilo da parisiense é, de fato, inédito? É inspirador? Vocês se identificam ou fazem uso dessas dicas?
Aguardo os comentários de vocês, ok? E se quiserem mais dicas, avisem! Tô aqui.
Um super beijo,
Mara
Serviço:
A Parisiense: um guia de estilo de Ines de la Fressange, de Ines de la Fressange e Sophie Gachet (Ed. Intrínseca).
Preços: R$ 49,90 (Livraria Cultura), R$ 39,90 (Livraria Saraiva), R$ 37,40 (Livraria Fnac)