Você se lembra da atriz Andie MacDowell nos filmes Greencard e Quatro Casamentos e um Funeral? Se não assistiu a esses filmes, com certeza já a viu em inúmeras publicidades em revistas e na televisão com produtos de beleza e maquiagem da L’Oreal. Há mais de duas décadas a bela mantém uma parceria com a empresa, relacionando seu rosto meigo bonito com os cosméticos da marca.
Aos 53 anos, a atriz – que foi modelo – dá conselhos para as mulheres mais maduras que a tem como inspiração.
O primeiro: nada de saias curtas, não importa se as pernas estão ok ou não.
O segundo: nunca usar calças comprimidas de adolescentes, como, por exemplo, moletons. Eles infantilizam a pessoa, criando um descompasso entre a roupa e fisionomia da pessoa. Então, descarte do seu guarda-roupa peças da marca juvenil/secundarista Juicy Couture.
Aproveitei para incluir neste post o ponto de vista da modelo Ines de la Fressange, extraído do seu livro A Parisiense, que tem bom humor na hora de montar seus looks.
Seu primeiro conselho requer um olhar para si mesma. Fressange chama a atenção das mulheres que se tornaram reféns de um estilo de uma determinada época. É muito frequente vermos mulheres maduras com cortes de cabelos dos anos 80. Não pense que isso a rejuvenesce, muito pelo contrário: é olhar e saber quando você era jovem. Péssimo.
E não vem com essa conversa de que se sente jovem e a roupa é reflexo disso. Não cola. Ter a mente aberta é ter consciência de que o tempo passa e o nosso corpo se transforma. O corpo de um bebê é de um jeito, de criança de outro, de adolescente é o preparo para adulto e assim segue a natureza. Aceitar as transformações é digno e lhe poupa de constrangimentos.
A vida muda e a moda também. Essas transformações são sopros de revitalização e rejuvenescimento. Elas combatem o tédio e são gotas diárias de alegria e prazer.
Para melhor explicar, vamos voltar para a modelo francesa. Ela não vê problema algum pegar “a camisa do seu filho de 12 anos com um sutiã push-up aparente”.
Caso tenha mais de 30 anos, evite “combinar a cor da bolsa com a dos sapatos”, pois essa “harmonia” lhe acrescenta, pelo menos, 10 anos!
Muita atenção às estampas! Se não for bem escolhido pode envelhecer bastante a pessoa. Estampa requer atenção. Tem umas florais que são pavorosas. Fique longe delas!
E sabe uma atitude que faz seu guarda-roupa se multiplicar e ter looks variados? Investir em acessórios. Surpreenda e instigue as pessoas com peças diferentes e cores luminosas. Com tanta versatilidade ninguém saberá, de fato, sua idade.
Manter-se curiosa com a moda é manter-se curiosa com a vida. Esse “olhar de Alice” lhe levará para novas experiências e desafios.
Veja o que Fressange considera “pecados fashion depois dos 50”:
- Túnicas folclóricas, pois mais parecem fantasias.
- Clichês “moça arrumada”. Traduzindo: colar de pérolas + brinco.
- Peles. Tiro e queda para saber quantas décadas você já viveu.
- Brincos de “pressão”. Ooops, total tropeço que ficou nos anos 70 do século passado.
- Cores neon. Pertencem ao mundo juvenil.
- Shortinho e minissaia. Como ela diz, “é como se você continuasse tomando mamadeira depois dos 4 anos de idade”.