Hoje é o aniversário de 80 anos de Ziraldo, autor de vários livros encantadores que fizeram parte da nossa infância e hoje acompanham nossos filhos, sobrinhos e afilhados. Quem não se encantou com a história de “O Menino Maluquinho”, lançado em 1980? Aquele garoto tão sapeca e, ao mesmo tempo, tão bem resolvido. Tirou de letra a separação dos pais (tema tabu na época), cresceu rodeado de gente boa porque ele mesmo era um cara muito legal. Ser feliz é realmente uma escolha.
Quando o assunto é preconceito, Ziraldo sabe mostrar isso muito bem. Usa as cores (“Flicts” era uma cor que não constava nas caixas de lápis de cores, mas ela encontra seu lugar e reconhecimento no Universo) e um garoto muito especial (“O Menino da Lua” mostra o sofrimento de um menino que não é aceito pela turma) para retratar a intolerância e as ações cruéis que tanto ferem um ser humano.
Como bom contador de histórias – aqui não vou falar da sua atuação como chargista, ok? – traz sua infância no conto “Menino do rio doce”. As alegrias e brincadeiras de infância, as dores de crescer e a difícil decisão de partir. Partir para o mundo, ser adulto e fazer escolhas. Doce história ilustrada com meigas imagens de bordados.
Ah, não poderia deixar de citar “A Turma do Pererê” que resgata os personagens do nosso folclore. Primeira revista em quadrinhos feita por um único autor na década de 60. O carisma dos personagens e os bons enredos garantiram o sucesso do projeto. A editora Globo lançou uma caixa especial com três livros e um fac-símile da primeira edição. Tesouro!
Boa leitura, independente para que faixa etária é indicada. Muitas das suas obras eu só conheci ao me tornar mãe, mas, admito, quanta história boa eu deixei de ler! Os livros de Ziraldo não são (só) para crianças, mas para quem mantém o espírito jovem e a mente aberta.
Parabéns, Ziraldo! E muito obrigada por nos proporcionar tantas alegrias e boa cultura.
Parabéns Ziraldo!!!