Pulôveres temáticos: usar ou não usar

Você assiste aos programas de consultoria de estilo que pipocam pelos canais abertos e pagos?

Bom, são muitos e, aparentemente, diferentes um do outro. Mas não são! Todos possuem a mesma fórmula: expor, humilhar, ensinar, comprar e glorificar. Não gosto dessa narrativa, mas com a boa receptividade do público, a fórmula permanece intacta.

Bom, o que mais se vê é consultor ridicularizando a pessoa que será transformada com comentários assim: suas roupas são bregas, ultrapassadas, infantis, vulgares e por aí seguem os adjetivos depreciativos.

Acho curioso que as críticas vorazes que fazem tornam-se cool nas revistas e desfiles de moda. Por que um fashionista pode usar e virar moda, mas se uma pessoa comum usar é massacrada?

Daí eu vejo uma matéria da Vogue britânica mostrando pessoas do mundo da moda vestindo aqueles pulôveres com imagens natalinas e afins. Desde o diretor internacional da editora Condé Nast até jornalistas, todo mundo de blusa assim. É fofo ou não é? É brega ou não? Qual o contexto para usá-las? Quem julga o que é certo ou errado? O que faz um visual ser bem visto: a roupa, a grife, a atitude ou ser do mundinho da moda basta?

Nicholas Coleridge, presidente internacional da Condé Nast usa Woolly babs.

Nichole Mika veste The Look; Vicki Morris usa Beyond Retro e Kirstie Eden tá com um pullover  da Primark.

Gaby Cove comprou na eBay.

Como consultora de Imagem e Estilo, prezo pelo gosto pessoal da pessoa. É muito mais gentil e profissional orientar e sugerir looks em que ela poderá inserir aquelas peças tão autorais e divertidas. O importante é a pessoa expressar com harmonia sua personalidade. Usar um suéter do Mickey com calça pijama fica bizarro, sem dúvida. Entretanto, este suéter com uma calça jeans slim (ou de couro) e um blazer de bom corte (ou um casaco de couro) fica interessante, principalmente se arrematado com acessórios com designer limpo.

Proposta bacana do blog Style and Fashion Lover.

E você, usa esse tipo de peça? Como monta seu look?