Finalmente as férias acabaram e retomo o blog. Quase um mês sem escrever nada por aqui, mas respondendo, na medida do possível, as mensagens. Grata pela mega paciência e lealdade de vocês!!!!
E como havia dito, vou aproveitar para falar das cidades que visitei, não para indicar pontos turísticos, mas para falar de pessoas, de comportamentos, de modismos, de sabores, de poesia urbana e muitas dicas para realizar uma viagem para ficar na memória com bons registros.
Nossa viagem durou 25 dias em que visitamos três países e 10 cidades. Foram sete voos, uma viagem de navio, uma de ônibus e quatro de carro alugado. A tabuada não bate? Não mesmo! Isso porque fomos três vezes para Buenos Aires. Nós a elegemos a “cidade-conexão”. Foi nosso ponto de partida. Já que iríamos para a Patagônia, deixamos as malas de verão no hotel portenho. Quando voltamos, fomos para cidades praianas, no Uruguay, então deixamos as malas de roupas de inverno. Por fim, voltamos para pegar tudo e concluir nosso trajeto em Santiago.
Por sinal, essa é a minha primeira dica de viagem em família ou grupo: PLANEJAMENTO. Deve ser minucioso, para evitar stress e (muitas) surpresas desagradáveis, mas com previsão de imprevistos.
Dica 2: todos devem estar envolvidos, com tarefas claras.
Cada um deve assumir uma responsabilidade. No meu caso, assumi a organização (sou ótima, preparo malas super bem). O Irineu ficou responsável por administrar os gastos: quando valia a pena pagar em grana (moeda local, dólar ou real) ou no cartão. Laís ficou de praticar o espanhol que investimentos. Isso une o grupo!
Dica 3: gastar um pouco mais com classe executiva. Parece frescura, mas não é mesmo. Nos voos internacionais, as empresas aéreas oferecem muito benefícios além da cadeira larga e espaço para esticar os pés. No nosso caso, que fomos pela LAN, tínhamos direito a 85 kg por pessoa, sendo 16 de bagagem de mão (dividido em duas maletas). Entretanto, os voos domésticos costumam seguir o padrão: 31 kg, sendo 23 da mala para despachar e 8 kg na de mão. Como resolver isso com tantas cidades e temperaturas diferentes? Resposta:
Dica 4: Investir num bom hotel com serviço de guarda-volumes. Ficamos no Scala que, além da ótima localização e excelente infraestrutura, não cobra um centavo para guardar as malas dos hóspedes. E olha que demoramos para retornar de cada país!
Dica 5: eu comentei dos imprevistos, né? Pois é, apesar de todos os esforços, acontecem mesmo. Antes de viajar, principalmente se tiver criança ou uma doença crônica, vá ao médico e solicite uma lista de remédios para um monte de doenças. Inclusive, saia do país com os antibióticos prescritos! Eu levei uma maletinha. Não usei nada, mas me senti segura em tê-la ao meu lado. Qualquer emergência, zumpt, tava lá!
Dica 6: ainda na questão dos imprevistos, fique atento aos hotéis. Dos hotéis que eu solicitei para a agente de viagem, apenas o de Colonia del Sacramento não tava cadastrado no sistema Cone-Sul. Aceitei, então, a sugestão da Maktour de fica na Pousada Del Río. Paguei 270 dólares por duas diárias e, ao chegar ao local, o choque: um muquifó-fó. Ficamos estarrecidos com a hospedaria. Uma casa velha, cheia de mofo, sujeira, roupa de cama fedida, janela do quarto para a calçada da rua, embora no site eles informem que todos são para o jardim (que jardim?) da pousada (não é pousada mesmo!). A porta do quarto que ficamos era de frente para a (improvisada) recepção, localizada no corredor de entrada. Faça como eu: fotografe tudo, inclusive a tabela de preços (vi que paguei muito mais!); volte para o Brasil, encaminhe para a empresa com solicitação de reembolso e ponha a boca no trombone.
Quer saber mais? Leia o meu depoimento e veja as fotos que tirei do lugar no site da Tripadvisor. Clique aqui.
Dica 7: monte e leve kits de talheres. Quando a viagem é longa, é preciso economizar. Dos setes hotéis que ficamos, três eram flats, com cozinha completa. Isso nos permitiu preparar lanches para os passeios e jantar em “casa”. Mas os demais eram hotéis normais, só com frigobar. Qual a solução? Ter seus próprios talheres. Inclusive copos descartáveis e papel-toalha (estes, eu comprei nos supermercados locais). Também comprávamos sucos na rua e usávamos nossos copos descartáveis.
Dica 8: viagem assim é como reforma de casa. A gente planeja, põe tudo na ponta do lápis e aí gasta 50% a mais do que previa. Prestes a viajar, fomos surpreendidos com o aumento da alíquota do IOF de 0,38% para 6,38% no uso do cartão de crédito no exterior. Além disso, a quebradeira na Argentina fez os preços dispararem. Estávamos lá quando o dólar disparou. No dia seguinte, tudo estava bem mais caro. A sugestão é bem óbvia: levar dólares e reais (muito bem aceito na Argentina e no Uruguay) e liberar o seu cartão para débito. Há uma taxa que varia muito, assim como nas casas de câmbio.
Dica 9: Abasteça o frigobar da sua suíte com água. Compre em supermercados, pois saem infinitamente mais barato. Em Santiago, a garrafa de água, no hotel, custava 1.900 pesos. No mercado, pagamos 210 pesos. Fala sério, né?
Água é necessária tanto no calor quanto no frio. Se você estiver com dor de cabeça numa cidade com baixas temperaturas, suspeite de estar desidratado.
Dica 10: mesmo comprando os passeios pelas agências, há taxas e mais taxas extras pagas no local. Há descontos para crianças (a idade varia de 11 a 13 anos, conforme o local). Fique atento!
Tem mais: para sair de El Calafate e Ushuaia, eles cobram uma taxa (em dólar), não incluída no preço da passagem. Todos pagam, argentinos e estrangeiros, crianças e adultos. Em El Calafate você pode pagar com cartão de crédito. Em Ushuaia, só com dinheiro vivo.
Bom, por hoje chega, né? A gente continua o papo amanhã, ok?
Beijos, pessoal! Estava com muitas saudades!
Mara Maia
Mara, confesso que já estava aguardando esse post….:-D Noooossa, incrível como você tem o dom de escrever…todas as dicas muito bem explicadas….adoro esse teu jeito de compartilhar ideias e dicas com as amigas aqui no blog…parabéns! Foram dicas valiosas e organização nota 1.000!!! Você arrasa!!! Beijos.
Obrigada, Bia! Até a minha mente é metódica. Cada lugar que fui, eu fotografei para o álbum da família e fotografei para o blog e Facebook. Viagens assim precisam de uma “pentelha” com o meu perfil, pois é fácil descambar e cair em tentações. Uma delas é a preguiça, sabia? São tantas atividades e andanças que, quando seu corpo se encontra com uma cama nunca mais que se separar. hahahahahaha
beijos, minha querida!
Mara Maia