Montevideo: lifestyle inspirador

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Montevidéu é uma cidade agradável. Não tem uma beleza que impressione, mas não tem miséria alastrada em sua periferia. A impressão que se tem é de equilíbrio das classes sociais. Chegamos com tranquilidade e seguimos para o Hotel Armon Suítes, no ótimo bairro Pocitos.

Entrar na suíte foi um alívio. Quarto amplo com uma mega sacada que ia de uma ponta a outro do quarto. Uma boa cozinha compacta, um banheiro digno, uma sala confortável e uma cama gigantesca. Ah, e uma mesa com um monte de tomadas e plugs. Internet nota 10! Nossa, como a felicidade pode ser tão simples! Adoramos.

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O hotel fica numa ladeira, aproveitamos e descemos até a orla. Muito me lembrou da orla de Santos (SP), com um jardim imenso, área de ginástica e um quilométrico parapeito para contemplar a vastidão do rio de la Plata que, de tão agitado, mais parece mar. O vento não dá trégua e acaba trazendo um pouco de frio, apesar dos termômetros registrarem altas temperaturas.

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Como aqui os taxímetros só são compreendidos por eles mesmos, optamos por andar de ônibus, o que foi uma ótima opção, pois acabamos visitando bairros e locais sem gastar muito.

Nossa primeira parada foi no Café Brasileiro, no centro. Como me esqueci de pedir com grão brasileiro, veio um horroroso café local. Realmente, não é o lugar para apreciar um bom café. O lugar é bonito e conserva bem sua arquitetura e decoração antigas. No banheiro, músicas bacanas.

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Paramos, em seguida, na Catedral. Não chama atenção pela fachada, mas, internamente, é belíssima, com arquitetura neoclássica. Três salas (naves) de oração, altar minuciosamente trabalhado, cores vibrantes e piso de ladrilho impressionante.

As naves.

As naves.

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Detalhes e sala baixa.

Detalhes e sala baixa.

Mesa do altar e de leitura.

Mesa do altar e de leitura.

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Seguimos pelas ruas do centro até chegar à orla. Ficamos lá vendo a garotada se jogar no rio. Com plateia, as piruetas eram cheias de malabarismos, risos nervosos e olhares aguardando aprovação e aplausos.

No segundo dia, passamos a manhã no quarta, aguardando a chuva parar. Junto com ela, uma frente fria. Almoçamos no excelente Terracota, a poucos quarteirões do hotel. Não é barato, mas depois de dias comendo tão mal, valeu cada centavo pago.

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Com a chuva dando uma trégua, voltamos ao centro da cidade. Sentia tantas dores nas pernas que amaldiçoei todos os meus anos de sedentarismo. Chegar ao Teatro Solis foi meu alívio. A visita é paga e monitorada – dividem os grupos em quem fala português e quem fala espanhol. Mas vale! São pessoas educadas e bem preparadas. Chamou-me atenção o uniforme e a maquiagem das recepcionistas: pareciam aeromoças que perderam o voo. Fofas.

Fachado do teatro e seu horário de funcionamento.

Fachado do teatro e seu horário de funcionamento.

Detalhes.

Detalhes.

O salão principal.

O salão principal.

Salão principal.

Salão principal.

Exposição e lanchonete.

Exposição e lanchonete.

O teatro é bem organizado. Cheio de detalhes e histórias, o local prende a atenção. Além de duas salas para espetáculos, disponibiliza salas para exposições. Fui ver a exposição de capas de vinis e fitas-cassetes de artistas uruguaios. Muito boa! Ao final, uma parada no ótimo café do local. Aproveitei para visitar a lojinha. Muito boa também.

No terceiro dia, sábado, fui conhecer o Museu de Arte Precolombino e Indígena (MAPI). Também pago, mas o valor é simbólico. Nos três andares, os ambientes são separados por temas, com muito material original e bem conservado. Os tecidos me impressionaram. Fotografei tudo, pois tudo pode ser fotografado. O artesanato local está exposto em amplas salas.

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Depois de apreciar e conhecer a arte e cultura local, hora de comer. Apesar dos colegas uruguaios nos terem dito que o Mercado Municipal é mico para turistas, fomos assim mesmo. Gostei. Comemos muito bem no Babieca. Ficamos nas mesas externas para apreciar o movimento das pessoas nas ruas e fugir do barulho infernal da área interna do mercado. Preço honesto. Talvez a gente, com uma moeda mais forte, não sinta que eles estão extorquindo o turista. Pagamos bem menos do que nos restaurantes de São Paulo.

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A região é boa para um passeio. Embora eu tenha lido muitos comentários no Tripadvisor de roubo na região, não vi nada disso. Mas toda atenção é benvinda. Andamos muito, rua por rua, fotografando os monumentos e prédios interessantes, como o Comando General de la Armada. Passamos pelo porto – além de organizado, bem bonitinho – e paramos em frente ao Museo del Carnaval. Não nos animados. A cidade estava em pleno carnaval, mas nem mesmo no Brasil a festa nos encanta. É claro que não é como aqui, mas… não é a nossa praia. Tchau!

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Apesar das ruas vazias, pois era sábado à tarde e o comércio havia encerrado seu expediente, continuamos desbravando as ruas e suas construções. Onde finalizar o dia? Sem dúvida, na orla da cidade. Antes, uma breve parada no parque Rodó. Bonito.

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Descendo a ladeira, a orla. Andamos de Punta Carretas a Pocitos. Nunca mais faço isso na minha vida. Chegou uma hora que eu não sentia mais as minhas pernas e peguei um táxi. Antes ouvir reclamação de marido do que morrer de exaustão. O legal é ver os hábitos dos moradores locais: têm coragem de entrar na água gelada do rio da Plata e se exercitam bastante. Vale informar que a orla deles tem mais de 11 km de extensão.

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Jantamos no Rumi Resto Pub, na orla, mas não recomendo. No cardápio, um preço. Na hora de pagar, outro, pois há uma taxa de 20%. Não fomos avisados e nos sentimentos lesados. É bom? Também não.

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Bom, depois de um dia tão produtivo, só uma cama de hotel é desejada. Até porque no dia seguinte o nosso carro chegaria e seguiríamos viagem até Punta del Este. Valeu, Montevidéu!!!!!

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